Indústria de móveis não foi tão afetada pela pandemia

Inicialmente houve desespero em massa dos empresários moveleiros, principalmente no início, do final de março até maio, principalmente. É claro que muita coisa mudou, especialmente a disposição dos consumidores em adquirir móveis para mudar o ambiente da casa, do escritório, da empresa.

Passada a insegurança inicial, depois do início do isolamento social, os industriais começaram a perceber que havia uma saída para o setor em meados de maio. Nesta época estava mais claro que o comércio de móveis na internet havia aumentando em números jamais vistos no e-commerce brasileiro.

Como a imensa maioria das indústrias de móveis estão localizadas em cidades do interior, onde houve, naturalmente,  normas mais rígidas de segurança ao coronavírus, houve paralisação durante muito tempo e a retomada da produção ocorreu de maneira gradativa. Entre os meses de abril e maio as quedas na produção chegou a níveis mínimos, de 58% e 37%, respectivamente.

O entusiasmo dos fabricantes foi confirmado com a pesquisa mensal da Confederação Nacional da Indústria (CNI) do mês de setembro. No levantamento, a expectativa de demanda, que em abril chegou ao nível de 19,1 pontos para a escala de 100, subiu agora para 66,1 pontos; a expectativa de exportação, que em maio estava em 22,6 pontos, agora está em 60,9 pontos; a expectativa de investimentos que recuou aos 22,0 pontos em maio subiu agora para 51,7 pontos. Naturalmente, o mercado sinalizou que estava pronto para retomar em níveis pré-pandemia, ou até maior.

A retomada foi tão expressiva que o uso da capacidade instalada da indústria de móveis que caiu em abril, 33%, rapidamente se recuperou e subiu para 77% em agosto. É importante considerar que desde janeiro de 2012, quando a pesquisa começou a ser feita, jamais o nível havia sido tão alto.

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